caminhava, passos curtos, lentos, melancólicos. parecia fazer parte daquela rua, tão cinzenta que estavam. perceberia cada grão de areia nas rachaduras do chão, caso aquele olhar fixo estivesse, de fato, concentrado no solo. não, o olhar ia além das rachaduras, da areia dentro delas, do magma... era mais profundo que qualquer coisa que fosse e, talvez, que qualquer coisa que nem ousasse ser ainda. tão desatento que estava, pisou em alguma coisa que encontrou em seu caminho. creck. despedaçou aquele coração largado. estava ali e ele nem notou, deixou que se afogasse na chuva daquele dia cinzento e continuou andando... até quando seria tão côncavo?
March 18, 2008
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