a eternidade pode parecer um segundo
e um segundo pode parecer uma eternidade.
é tudo uma questão de sua ausência.
mas... já? :~
November 29, 2008
November 01, 2008
October 26, 2008
- não, não. a declaração de verdade é que eu te amo e que não pensava que fosse amar tanto. e que eu sou louca por você. e que eu acho que a cada dia eu enlouqueço mais. e que eu sinto falta de cada segundo que você tá longe ou que a gente desperdiça com coisas inúteis, tipo discutir. que eu tenho medo que os segundos desperdiçados acabem pesando mais que os momentos legais e que cada um resolva que viver sua vida longe um do outro é a melhor solução. e que eu queria falar mais contigo, ser mais sua amiga do que a mulher que te arrasta pra cama - mesmo que não vá fazer nada com você lá ![]() | |
coisas que eu achava que eu já tinha sentido, mas que ficaram bem diferentes quando aconteceram com você. e que você me fez apaixonar no segundo em que eu coloquei os olhos no seu cabelo cheião e no seu corpo magricelinho. e que eu queria você pra ser o pai dos meus filhos e que há uma grande possibilidade de que isso não aconteça, o que vai me fazer acabar pensando: 'nossa, com ele ia ser diferente!'. a declaração de verdade é que eu te amo muito e que eu acho que ter ficado com você foi a coisa mais idiota que eu devo ter feito na vida porque eu sei que no dia que você decidir que cansou de mim, de brigar comigo do meu jeito ranziza, fechado e da minha terrível mania de não conseguir conversar, for embora e nunca mais voltar eu vou sentir que eu tive a coisa mais especial e perdi. e que eu vou sempre me culpar por não ter conseguido te dizer as coisas mais bonitas ou as verdades - nem tão bonitas assim - que eu sentia , te dizer o quanto você era importante ou por não ter feito nada - como colocar bombas num aeroporto - pra que você nunca fosse embora. :~ |
September 30, 2008
August 02, 2008
July 28, 2008
- eu acho que eu só tô tentando encontrar um motivo.
- bem, pela minha experiência de vida, às vezes é melhor não saber. e outras vezes, não existe motivo algum a ser encontrado.
- não. tudo tem um motivo.
- vejamos. aqui tem tortas e bolos. e no final de cada noite, os cheesecakes e as tortas de maçã acabaram, o bolo de chocolate já está perto do fim, mas sempre sobra uma torta de mirtillo inteira.
- então... qual o problema com a torta de mirtillo?
- não tem nada de errado com ela. só que as pessoas podem fazer outras escolhas. você não pode culpar a torta de mirtillo, se ninguém a quer. :/
July 13, 2008
- promete pra mim que vai fazer essa noite mais feliz que esse dia chato, promete? promete logo! não faz essa cara de quem não é capaz. promete e pronto! cumprir é outra história. é outro caminho comprido pelo qual pouca gente passa. se é que alguém passa... pronto, passou. basta, apenas, você prometer. com promessas, eu fico bem. com você, eu fico bem.
July 10, 2008
July 09, 2008
July 02, 2008
tchau, blog. :)
June 18, 2008
June 01, 2008
April 23, 2008

- ai, meu deus, morreu a lagarta!
- não, ela tá bem! que esperta!
e a lagarta continua na jornada em busca de lugar algum. contorce, torce, mexe mais um pouco. outro carro.
- agora ela já era, não é possível.
- não, ainda tá viva, olha lá.
ainda encolhida, olha pra um lado, pro outro e segue em frente (metaforicamente. se é precisão o que você quer, ela seguia em diagonal. uma pobre rastejante sem-rumo). mais um carro.
- do terceiro, ela não escapa, né?
- não, minha filha, ela ainda está viva!
nisso, um pedestre desavisado vai chegando, chegando, chegando e onomatopéia de lagarta sendo esmagada por humano. metade de um tênis fez o que doze rodas não fizeram: adeus lagarta! e eu segui meu caminho tentando encontrar um significado maior para o triste fim da falecida (e, ainda por cima, uma maneira de segurar todo o líquido contido na minha bexiga até que o ônibus parasse no ponto e eu finalmente chegasse em casa).
April 17, 2008

April 13, 2008

April 09, 2008

chegara do colégio mais uma vez com a típica cara de poucos amigos. de fato, deveriam ser poucos os que ousavam se aproximar. sorriso naquele rosto era coisa rara. e mais raro ainda era o movimento dos lábios acompanhar a alma e transparer no olhar. os tais poucos sorrisos tinham muito mais crueldade por trás do que se poderia esperar de uma criança de sete anos. largou os sapatos na soleira da porta e correu, ainda de meias, para um canto da sala. e ficou lá sentada, numa posição por demais defensiva para um ser humano, parecia um bicho de tão acuada. pôs-se a fitar uma aranha que lutava, em vão, contra a sua própria teia. quanto mais agonizava, mais se afastava da remota possibilidade de se libertar dali. a garota observou a batalha da aranha contra ela mesma, os olhos refletiam uma cavernosa perplexidade. sentiu certa empatia pelo bichinho. poderia ser esmagada por forças superiores a qualquer momento, estava presa às teias tristes que havia tecido para se proteger dos outros e se fosse comparada ao mundo, seria tão insignificante quanto aquele pequeno aracnídeo comparado ao aposento. era demasiadamente pequena e os gigantes não seriam complacentes com ela, nunca haviam sido. era como a alice, só que sem coelho, sem razões pra ir seguindo pela estranheza afora. a aranha era amiga, reconhecia naquela quase-ser marrom cheio de patas sua impotência. queria encontrar em si mesma, agora, a resignação. então foi deitando, lentamente, no ártico chão da sala. ao sentir sua espinha encostar na superfície gélida deu um suspiro e apertou os olhinhos. foi se entregando. e se entregar era tão bom...
April 02, 2008
sempre que os devaneios vão de encontro a essa palavra, me vem à mente a primeira desconfortável lembrança de não-pertecer. era uma daquelas tardes chuvosas, em que o céu ficava com aquele tom triste e o pátio de cimento, tonalidade tão infeliz quanto a do tal céu, transformava-se numa pequena lagoa. eu ficava ali, sentada no canto, enquanto todas as outras crianças pareciam se deliciar com o infortúnio celestial. na terceira série eu já tinha percebido que nunca me encaixaria: pertencia aos pólos e aos pólos, não pertencia mais ninguém. de repente, não era mais a primeira da fila, não era mais a menorzinha que precisava pegar na mão da professora pra não perder o caminho. tinha crescido e agora era a última, a desproporcional, a assimétrica. tudo era pequeno e eu havia me tornado incapaz até de me perder. ao final da tortuosa marcha de volta para a sala, parecia ser a única que não havia sido tragada por uma onda de mar furioso. 'seca' era exatamente a palavra que poderia me definir em tal circunstância. seca por fora, por não ter tido nenhuma amiga que me puxasse pela mão pra correr por debaixo das bicas de improviso. seca por dentro, nem, ao menos, conseguia me mostrar triste por ser tão deslocada. 'professora, desliga o ventilador. tá TODO MUNDO molhado e tá fazendo um frio...' 'mas e eu, tia viviane? eu não me molhei! não me comportei como uma bárbara que não tem chuveiro em casa. estou seca, estou com calor, compreende?', quis dizer e nem disse. paciência! era sozinha demais, nem minoria eu conseguia formar. mesmo não tendo proferido uma palavra de revolta sequer, a professora pareceu ler as frases se formando na minha mente. me olhou, cúmplice, com aqueles olhos verdes, sardinhas salpicadas em volta, e disse: 'e lá fui eu que os molhei? vai ficar ligado, sim'. sorri pra ela, que pareceu ter entendido a minha gratidão. quanto alívio, não tive voz e fui ouvida! mas naquele mesmo dia em que me acudira da rejeição, me fez provar o amargo gosto da exclusão infantil. 'trabalho em grupo'. aquela junção de palaras me fazia estremecer por dentro. era sempre a mesma coisa: as melhores amigas se juntavam a um par de outras melhores amigas e um grupo se formava. e outro. e outro. e eu... sentada ali, naquele meio, rosto queimando do ridículo. queria gritar 'E EU?!', se já falasse palavrão ia querer gritar 'meeeerda, e eu, porra? com quem eu me junto nessa merda?', mas já sabia que a humilhação seria oito vezes pior, caso demostrasse me importar. não suportaria uma humilhação tão amplificada. então, melíflua, sorri 'posso fazer só? me arranjo bem com as minhas idéias'. e pude. fui ficando só, crescendo só, brincando só, correndo só, chorando só. me tornei uma solidão. acostumar com companhia foi difícil. meus amigos eram os livros, o piano, o dálmata, o diário, o computador, as palavras-cruzadas... éramos 7. 'professora, eu já tenho um grupo!'.
March 25, 2008

March 24, 2008

March 21, 2008


March 18, 2008


March 17, 2008
Acidentes na madrugada e manhã de domingo terminam com a vida de duas adolescentes
Dois acidentes ocasionaram a morte da estudante Carla Tamires Alves (19). Na madrugada do domingo 9, um corsa azul, placa HZN-9292/SE, capotou no município de União dos Palmares. Seis passageiros estavam dentro do veículo no momento do desastre. A estudante Jaine da Silva (16) veio a falecer na hora. Carla, uma das cinco pessoas feridas no capotamento, precisou ser enviada para a Unidade de Emergência da capital, no entanto, um segundo acidente envolvendo a ambulância do hospital São Vicente de Paulo, que realizava a transferência, deu um desfecho duplamente trágico a breve história da sua vida.
Carla Tamires era estudante do 5° período do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas. Residia em União dos Palmares, mas freqüentava, assiduamente, as aulas no Campus A. C. Simões, que fica na capital. Segundo o professor Nilton Resende, Carla era uma boa aluna. 'Era inteligente e tinha participações interessantes nas aulas. Foi sempre simpática, não havia uma vez que cruzássemos que ela não falasse comigo'. Os amigos e companheiros de ônibus taxavam-na como uma garota comunicativa. 'Ela era bem alegre quando estava em seu grupo, mas costumava ser meio desconfiada com desconhecidos', diz Carlyson Geijine, seu conterrâneo. Era uma menina engajada e articulada. Por sua habilidade com as palavras, tinha conseguido até um emprego na sua cidade. Mas tal voz, que tinha um grande futuro como comunicóloga, foi silenciada devido a duas imprudências no trânsito. Ao saber dos dois desastres na mesma madrugada, a reação da maior parte das pessoas é dizer 'Era o dia dela mesmo'.
O responsável pelo primeiro acidente foi um professor que havia dado aulas para Carla no cursinho. Ele se ofereceu para levar a moça e suas duas primas de volta para União, ao fim de uma festa em São José da Lage, município vizinho. Embora a capacidade de lotação do veículo já houvesse sido atingida e ele estivesse visivelmente embriagado, as garotas aceitaram a carona. Segundo as próprias vítimas do acidente, o motorista estava guiando de maneira irresponsável e, no intento de não atingir um idoso que trafegava de bicicleta na BR-104, o motorista, conhecido como Joelson, perdeu o controle do carro. Jaine sofreu uma pancada forte na cabeça e faleceu na hora. Um dos rapazes que estava no veículo, foi lançado para fora do mesmo, devido ao impacto da batida. Os outros dois passageiros e o motorista sofreram ferimentos mais leves, mas Carla Tamires corria risco de morte. O segundo acidente, ocorrido durante a transferência de Carla para a capital, foi resultado de uma outra manobra imprudente. De acordo com o motorista da ambulância, ele teria saído da pista devido à irresponsabilidade do guia de um outro veículo não-identificado. O motorista e o enfermeiro não sofreram ferimentos e o automóvel Ipanema, de placa MUA-2477/AL, não ficou muito danificado. A jovem veio a falecer porque já tinha sofrido lesões severas no primeiro acidente.
'Devemos viver cada momento intensamente, pois, às vezes, esperamos tanto pela grande felicidade que acabam passando, despercebidas, as pequenas e constantes alegrias'. Disse Carla, em seu último texto, com sábias palavras de quem soube como aproveitar o tempo que tinha.
Trágica coincidência
Um ano antes, uma outra estudante de comunicação social também chamada de Carla, sofreu um trágico acidente: ao pular de uma tirolesa na praia do Francês, o mosquetão que segurava o corpo da jovem abriu e ela foi arremessada à areia de uma altura de 15 metros. Dizem por aí que a trágica coincidência anda tirando o sono das Carlas de nome composto de Relações Públicas noturno, mas, calma, meninas, não existem tantas semelhanças assim entre os acidentes para que vocês se preocupem...
(essa é a matéria na íntegra, mas o censores não me deixaram publicar na sala porque disseram que era pregar com a karlinha).
March 15, 2008
March 13, 2008
March 12, 2008

March 10, 2008
(p.s.: acho dilacerada tão dramático!).
resolvi focar no meu drama agora porque parece que tudo está se resolvendo pra outra maria do bairro.
você está passando por um momento difícil? calma, vai passar! olhe, não fique assim não, vai passar. eu sei como dói. é horrível. eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta. sei que parece que vai explodir, mas não explode. sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. (fernando pessoa escreveu, num momento parecido: "hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu").
dor é assim mesmo: arde, depois passa. QUE BOM! aliás, a vida é assim: arde, depois passa. QUE PENA. a gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores e a vida. :D
pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. mas agora já passou; agora já são dez segundos depois da frase passada; sua dor já é dez segundos menor do que há duas linhas atrás. você acha que não porque esperar dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte se você está na praia. ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe.
a sua dor, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e o seu estômago e torceram como uma toalha molhada, tudo isso - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. quando você for ver, passou.
agora não dá pra ser feliz. é impossível. mas quem foi que disse que a gente deve ser feliz sempre? isso é uma bobagem. como cantou vinicius: "é melhor viver do que ser feliz". porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. tem que tentar e não conseguir. achar que vai dar e ver que não deu. querer muito e não alcançar. ter e perder. tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de quem a gente ama e ter coragem de dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de quem a gente ama e ouvir uma coisa terrível, mas que tem que ser ouvida. a vida é incontornável. a gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. dói. ai, eu sei como dói! mas passa.
tá vendo a felicidade ali na frente? não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na sua frente. continue andando. você vai subir, vai sentir frio lá em cima, medo e cansaço também. vai querer desistir, mas não vai desistir porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la para trás é continuar andando. você vai ser feliz.
tá vendo essa dor que, agora, samba no seu peito de salto agulha? você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. juro que tô falando a verdade, eu não minto. vai passar. (yn)
eu espero, do fundo desse coraçãozinho, que tudo tenha sido um grande mal entendido, que você (como toda e qualquer garota, de natureza incontonavelmente dramática) esteja fazendo uma tempestade tropical numa xícara de café. mas, caso esse otimismo todo seja cegueira de amiga - o que é normal, acontece sempre - espero que você saiba que vai passar. é, eu sei, clichê maldito esse, né? mas acho que de todos, é o mais verídico.
eu sei, eu sei... eu não sei aconselhar, eu não sei conversar, eu não sei falar sério, mas quando se nasce com alma de macaco circense fica difícil de mudar mesmo que por poucos instantes. mas fique ciente de que 'se teu coração tem buraquinhos, juntas poderemos ajudar, nós vamos curá-lo com carinho e, com muito amor, ele vai sarar'. vou parar por aqui porque você acabou de entrar no msn e porque daqui a pouco você não vai ter mais saco pra ler. espero que você fique bem, que você pense em coisas que te façam bem, que você sonhe com coisas que te façam bem. você merece dias coloridos e uma vida recheada de boas coisas (frase brega detected!), então, nada que te faça mal deve ser levado muito à sério. :D
quero muito bem a você, portanto, peste do céu, fique feliz, seja feliz, sempre. :D
tqm. :D:D
March 06, 2008
p.s.: eu te pegava facinho, facinho, amanhã mesmo, se você quisesse. :x
(eu precisava escrever isso em algum lugar pra não deixar por scrap, sabe?).
saueiosueouoeuoasueosueoausoeuaoseuoase.
March 04, 2008


March 01, 2008
Clarice acordara com o barulho da CHUVA batendo
'Bom dia, ex-namorado, me causa um grande SOFRIMENTO escrever esta carta, mas ela tinha que ser escrita. Em primeiro lugar, gostaria de avisar aqui que você não é mais meu namorado. TALVEZ você não tenha entendido a dica que eu dei ao começar a carta com um 'bom dia, ex-namorado'. Mas TUDO bem, você sempre foi meio desprovido de INTELIGÊNCIA... Pelo mesmo motivo, vou evitar usar palavras mais elaboradas como 'IMPRETERIVELMENTE' ou 'CONCOMITANTE', não vou te mandar 'ósculos' em vez de 'beijos'. Às vezes, eu me pergunto como consegui perder tantos meses com uma pessoa que não descobriu os prazeres da fabulosa arte da prolixidade. Trocando em miúdos, eu não consigo entender como eu passei tanto tempo com um cara burro como você. Talvez você esteja se perguntando por que eu tomei essa drástica decisão, calma. Vou, detalhadamente, explicar cada um dos motivos que me levaram à ela (aconselho que se sente, você é tão cheio de defeitos que eu acho que vai levar um tempinho até que eu liste todos eles). Pra começar, você nunca foi um bom namorado. Talvez tenha soado meio duro, né? Só que você não é mais nada meu, eu não preciso medir as palavras (ah, se você soubesse quanta ALEGRIA isso me dá...). Como é que você volta da viagem que fez no CARNAVAL e nem liga pra dizer que está bem? Eu fiquei preocupada, pensei que você tivesse sofrido um acidente, que estivesse no hospital correndo risco de VIDA, precisando de alguém pra doar sangue. Eu ia doar sangue, sabia? Mesmo tendo pavor a ver aquele líquido VERMELHO passando pelas cânulas, eu teria doado por você... (teria, porque se a sua SAÚDE depender de mim de hoje em diante, considere-se um CACHORRO morto). Enquanto eu me preocupava, você estava
Eu tentei, pôxa, eu juro que eu tentei... Eu tentei fazer você mudar; eu tinha FÉ em Deus que, um dia, você iria mudar; eu tentei me acostumar com a idéia de que você não ia mudar; eu tentei fazer você entender que eu odeio CHOCOLATE... sem SUCESSO. Você continuou sendo o mesmo imbecil de sempre, eu continuei acreditando que você seria diferente e você continuou me dando chocolates a cada data comemorativa. Que raiva, que raiva! Você bagunçava meu QUARTO, tirava meus cds da ORDEM alfabética, andava com os pés sujos de areia na CASA de PRAIA. Como eu te agüentei por tanto tempo? Eu deveria ter escutado meus AMIGOS.
Você era ciumento, não me deixava em PAZ, não me ouvia, me tratava como se eu fosse sua escrava. Agia como um faraó enclausurando
ENTRETANTO, eu não posso mentir... Talvez, eu sinta um pouco de SAUDADE de você, do CARINHO que você fazia na minha orelha até que eu dormisse, dos SONHOS que a gente tinha de envelhecer juntos... Até hoje eu morro de rir quando eu lembro da COCA-COLA que eu derrubei na sua camiseta no dia em que a gente se conheceu. Acho que outro cara teria me matado, mas você foi tão legal, viu que eu só fiz aquilo porque ficava nervosa com a sua BELEZA, foi bonitinho da sua parte. Também acho bonitinho quando você briga comigo porque eu não ESTUDO, quando eu não como a salada da minha MÃE, quando você pega o VIOLÃO e toca alguma MÚSICA que eu gosto. Foi legal naquele dia que você me levou pra ver a lua cheia iluminando o MAR e me pediu em namoro...'
- Amor?
(minha pequena redação tosca). :D
February 27, 2008
February 18, 2008
February 16, 2008

February 15, 2008
...
February 12, 2008

talvez 'o gerry' estivesse em cada canto que eu procurei e em cada lugar que eu deixei passar.


February 06, 2008

juntando os pedaços,
no caminho pelo qual você passou.
tentando lidar com dilemas
da minha vida 'não-tão-estressante'.
estou usando outras pessoas,
estou perdendo todas as minhas vontades,
estou me tornando um fantasma.
sem conseguir dormir à noite,
acabo passando de bar em bar.
por que a gente não pode voltar no tempo?
por que a gente não pode voltar no tempo?
por que a gente não pode voltar no tempo?
lembra de quando a gente tinha 16 anos,
daqueles porres que a gente costumava tomar?
eu te beijava no corredor e te fazia dormir.
bem, dois anos se passaram
e eu ainda sou a mesma pessoa que eu era.
você pode até me culpar,
mas foi você que disse que não dava mais certo,
largou minhas mãos e disse que precisava de muito mais.
sem conseguir dormir à noite,
acabo passando de bar em bar.
por que a gente não pode voltar no tempo?
por que a gente não pode voltar no tempo?
por que a gente não pode voltar no tempo?
February 05, 2008
February 04, 2008

as pupilas se dilatam,
as artérias se comprimem,
o coração acelera,
a pressão sangüínea sobe,
a temperatura corporal aumenta,
a respiração torna-se mais
difícil e rápida,
o cérebro frita mandando
impulsos elétricos para lugar nenhum.
é violento,
é feio e é esquisito.
e se deus não tivesse feito
com que fosse incrivelmente divertido,
a raça humana estaria extinta
há muito tempo.
you fall in love, zing booom.

minhas paixonites foram de apenas um vago interesse à completa insensatez. por causa delas aprendi a falar inglês, comecei a escutar reggae, mudei o jeito de me vestir e assisti a filmes pelos quais eu nunca me interessei de verdade. paixões podem mudar sua vida, são uma espécie de peste emocional: há a fase de contato inicial com o agente infeccioso, um período de incubação, a fase do delírio febril, seguida por um longo período de recuperação. nós, humanos, somos biologicamente estruturados para amar. a paixão não passa de um coquetel de hormônios liberados por algo tão simples quanto um olhar. e isso, simplesmente, não é uma escolha sua. acontece aleatoriamente, sem a sua interferência, opinião ou ajuda.
em perfeita proporção inversa, quanto mais idiota você estiver, mais perfeito o candidato em questão vai parecer. e eis o problema final: quando você pensa que entendeu as forças atuantes, alguma coisa acontece para acabar com todas as suas teorias. a única coisa que eu queria (bem como, creio eu, o resto da humanidade) saber é o que diabos me leva a sentir todo aquele alvoroço de sentimentos por um certo rapaz que, depois de certo tempo, eu vou perceber que nem era tudo aquilo lá que eu sonhava (e aí entra a questão de asteriscos nas pessoas, mas isso é assunto pra outra conversa). o que me faz dar cerca de 440 passos além do meu caminho comum, com o coração batendo forte, a respiração acelerada, as mãos tremendo, só de pensar na possibilidade de ver o pretendente?
ficar boba, louca, fora de si ou levemente afetada, enlouquecer os amigos com as citações: 'eu o amo, dessa vez é sério, sem ele eu morro', 'ele gosta de mim!', 'ele não gosta de mim!', 'será que ele gosta de mim?' você pode até estar pensando em o quão idiota eu sou, mas é essa a função principal de se apaixonar: tornar o indivíduo patético!
February 03, 2008

ou você poderia ter cadastro na mesma locadora que eu e, no mesmo dia que eu, ter a brilhante idéia de locar o mesmo filme que eu. nós já teríamos trocado alguns olhares interessasdos, mas, quando chegássemos à prateleira, brigaríamos pelo único exemplar do filme escolhido. eu argumentaria que a minha semana não havia sido das melhores e que precisava do fime para me distrair; você diria que tudo o que eu precisava era de um pote de sorvete, um telefone de celular e uma amiga desocupada e, por fim, nós decidiríamos que o mais justo era irmos ao cinema da esquina ver um similar juntos...
você poderia sentar-se ao meu lado na saída de emergência de algum show e contaria, completamente bêbado, sobre como foi tão terrível quando sua ex te deixou. eu te escutaria, provavelmente bêbada também, e te daria alguns conselhos clichês. você seguraria o meu cabelo para que eu pudesse vomitar em paz e eu choraria no seu ombro dizendo que aquilo era ridículo e que a minha mãe se envergonharia de mim se me visse naquele estado. a partir desse dia, ficaríamos próximos e, depois de um certo tempo, perceberíamos que o dia do pilequinho havia sido obra do destino...
você poderia aparecer ao lado do meu melhor amigo segurando um taco de bilhar e eu não prestaria atenção alguma em você. você poderia perguntar meu nome, as horas, pedir meu lápis de olho emprestado para marcar os pontos na mesa e eu responderia a cada uma dessas questões apática e sem paciência. você poderia continuar aparecendo, cada vez mais bonito, e eu começaria a reparar em você. alguns meses depois, eu poderia perceber o quão lindo você era. começaríamos a conversar e eu veria que nós tínhamos muito em comum. nos tornaríamos grandes amigos, confidentes, sempre sairiamos juntos. num belo dia, estaríamos sentados na beira da praia e você roubaria um beijo meu...
outro jeito legal, seria se você aparecesse enquanto eu estivesse conversando com as minhas amigas, bem distraída... você poderia chegar com um sorriso enorme, entregando algum panfleto ou algo parecido. eu tocaria de leve na sua mão e, mecanicamente, receberia o papel. balbuciaria algo parecido com um 'obrigada' e continuaria a conversar sem, ao menos, me dar ao trabalho de olhar para você. ao ver você se afastar, eu notaria que rapaz charmoso você era. você começaria a aparecer em todos os lugares e a gente poderia começar a conversar...
mas você também poderia aparecer num ponto de ônibus, na padaria, numa tarde chuvosa, numa sala de cinema, numa viagem de estudos, num jogo de basquete, numa ilha deserta, vendendo picolé, comendo uma maçã, assistindo tv, fumando um cigarro, comprando chocolates. você poderia me atropelar, me perguntar qual andar, sobre o tempo, em que rua entrar, se eu poderia emprestar uma caneta...
acho que já deu pra entender que tudo o que eu queria era que você, não importa quem você seja, aparecesse e, mais ainda, que, depois de aparecer, ficasse por um tempo...

dane-se, eu nem quero saber...
January 31, 2008
