August 11, 2007

- eu achava que você era miserável demais pra amar alguém, mas eu estava errada. você só era incapaz de me amar. tudo bem, eu fico feliz por você mesmo assim.

August 09, 2007

legal. mas dane-se.

se o popular anônimo que disse que 'pessoas normais falam de coisas, pessoas inteligentes falam de idéias e pessoas medíocres falam de outras pessoas' estiver certo, somos todos normais, inteligentes e medíocres. porque quando você fala de um pessoa, você fala de algo relacionado a ela, a partir de um conceito que você criou. legal, mas por que eu estou rebatendo a 'frase febre da semana no orkut'? porque as 'frases febre da semana no orkut', geralmente são idiotas e coisas idiotas me irritam. ah, antes que alguém me pergunte: sim, eu me irrito comigo mesma.

August 08, 2007

onde tudo começou.


vamos saltar,
abrir a porta.
a vida é luta,
é a vida do outro lado.
a vida é um botão,
de menina alegre.
a vida é nascer,
a vida é morrer,
a vida é emoção,
mesmo com todo o mal.
é vida, é vida, é vida,
e eu, não vou mudar.
ah, ah, ah.
eu rio disso.
eu sou uma menina.

16/AGO/92. sim, eu tinha dois anos. (x

you fall in love, ZING BOOOM!


não consigo lembrar de uma época em que eu não estive 'de quatro' por alguém; minha primeira paixão, aos 5 anos, foi por um menino que estudava comigo na alfabetização e, ainda tão pequena, eu já era levada a atos desaconselháveis em nome do amor (como pintar com giz vermelho o nome dele no meu quarto!); depois, eu já me apaixonei tantas vezes que fica difícil de lembrar de todas: de jogadores de futebol das categorias de base de times da terceira divisão até professores, passando por todos os integrantes do nsync (ao mesmo tempo); não importa quem fosse, eu desejava com toda a intensidade!
minhas paixonites foram de apenas um vago interesse à completa insensatez. por causa delas aprendi a falar inglês, comecei a escutar reggae, mudei o jeito de me vestir e assisti a filmes pelos quais eu nunca me interessei de verdade. paixões podem mudar sua vida, são uma espécie de peste emocional: há a fase de contato inicial com o agente infeccioso, um período de incubação, a fase do delírio febril, seguida por um longo período de recuperação. nós, humanos, somos biologicamente estruturados para amar. a paixão não passa de um coquetel de hormônios liberados por algo tão simples quanto um olhar. e isso, simplesmente, não é uma escolha sua. acontece aleatoriamente, sem a sua interferência, opinião ou ajuda.
em perfeita proporção inversa, quanto mais idiota você estiver, mais perfeito o candidato em questão vai parecer. e eis o problema final: quando você pensa que entendeu as forças atuantes, alguma coisa acontece para acabar com todas as suas teorias. a única coisa que eu queria (bem como, creio eu, o resto da humanidade) saber é o que diabos me leva a sentir todo aquele alvoroço de sentimentos por um certo rapaz que, depois de certo tempo, eu vou perceber que nem era tudo aquilo lá que eu sonhava (e aí entra a questão de asteriscos nas pessoas, mas isso é assunto pra outra conversa). o que me faz dar cerca de 440 passos além do meu caminho comum, com o coração batendo forte, a respiração acelerada, as mãos tremendo, só de pensar na possibilidade de ver o pretendente?
ficar boba, louca, fora de si ou levemente afetada, enlouquecer os amigos com as citações: 'eu o amo, dessa vez é sério, sem ele eu morro', 'ele gosta de mim!', 'ele não gosta de mim!', 'será que ele gosta de mim?' você pode até estar pensando em o quão idiota eu sou, mas é essa a função principal de se apaixonar: tornar o indivíduo patético!

August 07, 2007

síndrome de peter pan.


é horrível olhar pra trás e ver que você perdeu a maior parte das coisas que te faziam feliz, que tudo mudou pra pior e que é impossível voltar no tempo. quando você deixa de ser criança, as brincadeiras perdem o sentindo e começam a magoar; um pedido de desculpas não muda o que passou; as tristezas não vão embora com um sorvete de morango e, nem o colo de mãe, nem o cobertor mágico conseguem nos proteger do maior monstro, do pior fantasma: nós mesmos.
a gente começa a entender que a vida de gente grande não é tão divertida quanto a gente imaginava; que casar não é tão fácil quanto brincar de bonecas; que, às vezes, nem namorado a gente consegue arranjar. a gente começa a perceber que nem toda doença passa com uma canja quente na cama; que nem todas as feridas cicatrizam com um beijinho do pai; que nem todas as pessoas são legais e que quase nunca o bem vence no final. não é fácil entender por que nem todo mundo acha você a pessoa mais linda; por que você erra tanto; por que as pessoas que você mais ama acabam tendo que ir embora; por que, de vez em quando, o coração fica tão apertado; por que nenhum cara que você gosta se interessa por você; por que as piores pessoas sempre se dão bem. você percebe que os seus pais não eram super-heróis; que os seus amigos podem ser cruéis, às vezes, e que você também pode não ser tão bom quanto sempre achou que fosse. dói perceber que não é a gente que cresce, e que, ao contrário do que se pensa, o mundo vai ficando enorme, tão grande, que, às vezes, é difícil se encontrar nele. a terra do nunca, nunca existiu.

August 06, 2007

pessoas estúpidas e insegurança.


primeiro, vamos tratar das pessoas estúpidas porque, eu, você, a rainha do baile de primavera da universidade da califórnia e o garoto particularmente perfeito, pelo qual você está apaixonada agora, somos todos uns estúpidos: como você já deve ter percebido ser estúpido não é nenhuma proeza, o ser humano precisa de um teor de estupidez, do mesmo jeito que precisa comer e respirar, mas ser natural não torna o fato agradável, só torna o fato natural (apelando pra filosofia house). se todos são estúpidos o que torna a estupidez irritante? nem todo tipo de estupidez é igual. a falta de coragem pra falar a verdade pode tornar uma pessoa estúpida; querer ser o dono da verdade, também pode. uma pessoa demasiadamente 'burra' pode ser estúpida; uma genial, idem. o que vai fazer com que a estupidez 1 seja mais despresível que a estupidez 2, vai ser o fato de você, que tem um tipo de estupidez, ter que lidar com uma pessoas que possui uma estupidez oposta a sua. não sei se fez sentido, mas no meu cerébro é uma teoria brilhante, que não serve pra nada. então, por que tratar de algo tão estúpido quanto a própria estupidez? sei lá, talvez, eu seja mais estúpida que todas as pessoas da face da terra juntas, até porque a palavra estupidez já está perdendo o sentido e o pior é que eu nem consegui tratar do assunto da maneira que eu deveria.
então, passemos a insegurança. lembra de mim, de você, da tal rainha do baile de primavera e do garoto que você já deve ter esquecido? é, todos esses também são inseguros. impossível de aceitar? eu sei, a humanidade é um tanto quanto patética (pra não dizer estúpida, eu encerrei o assunto, antes mesmo de falar algo importante sobre ele). eu percebi muitas coisas sobre a insegurança observando o meu comportamento e o comparando ao comportamento das demais pessoas. é. muita gente que eu pensava que fosse incapaz de se sentir inseguro (pessoas belas, inteligentes descoladas) sentem um profundo desconforto ao serem encaradas, pois não conseguem entender que um olhar fixo pode ser algo além do deboxe. pessoas deslumbrantes que se acham incapazes de deeslumbrar alguém, não é irônico? pois é, a vida é uma tremenda ironia. mas existe uma ironia ainda maior: escrever sobre tudo isso e nada disso não serviu para coisa alguma. as pessoas vão continuar sendo estúpidas e inseguras, bem como eu vou continuar sendo estpúpida e insegura. só queria me certificar de que eu consegui passar por cima da minha insegurança e da minha estupidez, pelo menos, uma vez, pra poder encarar todas essas palavras que eu deixei escapar, mesmo sabendo que isso me torna mais estúpida e insegura ainda, já que eu só escrevi isso tudo porque eu tenho a mais absoluta certeza de que ninguém vai ler. (x

( y )


você não acha que todo mundo está ficando meio doente mental? você não quer algo mais? algo novo? algo além do que você já tem? você não se sente mal por ver que é tudo igual, apenas mais um jogo detestável e eu falo tudo isso sinceramente! eu queria poder mudar o mundo, torná-lo um lugar melhor, mas até esse dia chegar acho que a gente vai ter ficar do jeito está, fazendo o que a gente faz, dando pra quem a gente dá. por que eu não consigo dormir quando a noite chega? não venha me dizer que tudo vai ficar bem. eu quero poder comer espaguete à bolonhesa sem me sentir mal por causa disso durante todos os dias da minha vida. nas revistas só têm matérias sobre perda de peso que dizem que se eu comprar aqueles jeans eu vou parecer a kate moss. não essa não é a vida que eu escolhi, mas acho que tem que ser assim mesmo.



colors bleeding into one.


eu não me sinto à vontade com a maior parte das minhas lembranças. e todos esses sentimentos continuam crescendo enquanto eu espero por aquele convite que nunca chega. a cada vez que eu olho pra trás, percebo que não existe mais nada. então, me diz por que eu sinto como se estivesse contra a parede. talvez seja tudo um alarme falso, talvez cada resposta tenha o mesmo som. apenas cores sangrando até se tornarem uma só, não tem nem um nome. talvez eu não consiga enxegar, talvez eu seja o problema. e a distância, essa já não tem mais importância!

August 05, 2007

findo milênio.


e o mundo caminha para mais mil anos; com suas seitas suicidas e governos desumanos. ninguém sabe quem vai ser o próximo inimigo; mas os mísseis já vêm vindo, e eles são americanos. satélites transmitem tudo por TV a cabo; pra quem veio do macaco, já é bem mais que o esperado. qualquer um é cidadão na proporção do que consome; será que estamos indo para o lado errado?