October 31, 2007

Feliz o que se abriga sob o Altíssimo,
do Todo-Poderoso, vive à sombra.
Dize ao Senhor: "Tu és meu refúgio, meu baluarte, o Deus em quem confio".
Do ardil do caçador, te guardará; do contágio da peste que arruína.
Ele te cobrirá com as suas asas, encontrarás abrigo em suas penas.
Sua fidelidade se assemelha a uma couraça e escudo que protegem:
não terás a temer o horror da noite, nem a flecha que voa em plena luz;
nem a peste que ronda pelas trevas, o contágio que alastra ao meio-dia.
Nada pode atingir-te, ainda que tombem dez mil à tua destra, mil à esquerda.
Basta-te abrir os olhos para olhar e verás o castigo dos perversos.
Pois disseste: "o Senhor é o meu refúgio" e tomaste o Senhor por baluarte.
Jamais te atingirá desgraça alguma, nem chegará o mal em tua casa.
Pois, a seus anjos, Deus ordenará que, em teus caminhos, todos te guardem.
Nas suas próprias mãos hão de levar-te para que em pedra alguma tu tropeces.
Sobre a serpente e a víbora andarás; o leão e o dragão hás de esmagar.
"Porque em Mim se abrigou, hei de atende-lo:
nas suas provações o assistirei a fim de libertar-lhe e dar-lhe glória.
Eu o cumularei de longos dias, a minha salvação lhe mostrarei".


salmo mais lindo. ♥
ele está sempre ali, ao meu lado, cuidando de mim, me protegendo, dizendo, em silêncio, que eu vou ficar bem. como, diante de tantas provas, ainda existem os que não acreditam?

October 13, 2007



why can't he be my may/december? my may/october, my october/october, my all year long? nobody can't stop our love, hugh! ♥

octobert/october, a metade da laranja...


tanta gente, tanta energia e tanto drama. tudo isso só pra tentar encontrar alguém que, no fim das contas, não é nem a pessoa certa. eu sei lá, é que, não deveria ser tão difícil assim.

September 28, 2007

se você se importa, show it;


ou, não reclame depois...

as pessoas cansam, a síndrome de wilson vai embora, o que sobram são, apenas, as más lembranças. a distância não aproxima, isso é mentira pra covardes. a distância afasta e muito, leva embora, até um ponto onde você não se importa mais. você não ama o que não pode reconhecer e tudo que resta é um quarto vazio, que nunca mais será o mesmo. se você não quer quebrar, não force; mas não deixe na estante. a poeira, às vezes, é mais corrosiva que o mais forte dos ácido.

September 19, 2007

"O triste da vida não é tomar 'não': é ser medíocre. O amor não é coisa pra covardes. O covarde vai ficar sábado à noite em casa e pedir pizza. O único risco que se permite correr é se apaixonar pelo entregador".

roubei do profile do nilton. (666)

September 14, 2007

love, trust and another things i can't explain...

the worst thing ever is feel empty for trust in a lie. all i want to know is why when i look at him i have the feeling that everything's gonna be fine. tears come stream and i can't control; all i want is lock myself in this fake world and never come out of it. because here is safe, here i have someone to run when everything else falls apart. i need him, i'm addicted, he makes all the pain go away. but i know that i'm going to feel worst when i look around and realize that nothing matters; because what isn't real isn't worth at all. it's like feel protect by someone who's already dead or hold a blanket thinking that it's gonna make the monsters go back under the bad. i need you here, but you'll never come, althought you're, already, deep inside of me.


September 09, 2007

deixem a minha língua em paz!

vão unificar a língua da puta que vos pariu! eu quero continuar escrevendo pingüin, vôo, lêem. não basta viver num país onde ninguém segue as regras? agora querem tornar a gramática um bordel também!

eu continuo a minha revolta depois.

September 04, 2007

coisas que eu já quis dizer...

eu te amo, cala a boca, você poderia ser uma pessoa melhor, eu te odeio, eu não sou tão feliz assim, que idiota, você não vale a pena, o mundo não gira ao seu redor, não, sim, talvez, me deixa sozinha, por que você é assim?, tou com medo, eu preciso de você, eu não sou a melhor pessoa do mundo, me deixa tentar, se mata, por quê?, eu tentei, às vezes, sinto sua falta, ah, dane-se, vá pro inferno, nada é como parece, eu não entendi, não concordo, não me trate assim, eu queria que você morresse, pára de olhar pra mim, que mentira, você me faz mal, eu nunca me senti tão bem, obrigada por tudo, você está certo, vai ser melhor assim, eu queria você aqui, me explica por que você fez isso, parabéns, eu não quero mais ver você, some da minha vida, volta pra cá, queria que tudo fosse como antes, o que eu te fiz, você não me conhece, eu não quis dizer isso, e daí?, pára, não gostei

e não tive coragem!

August 12, 2007

soundtrack.

1. Créditos Iniciais do Filme: Porcelain - Red Hot Chili Peppers.
2. Seu Nascimento: All About You - Mc Fly.
3. Primeiros Passos: Sina - Fillen.
4. Primeiro Dia na Escola: Super Girl - Kristal Harris.
5. Primeira Prova: Last Post On the Bulge - The Libertines.
6. Primeiro Amor: Better Together - Jack Jhonson.
7. Primeiro Beijo: Eu quero Sempre Mais - Ira e Pitty.
8. Primeira Decepção Amorosa: Proíbida Pra Mim - Zeca Baleiro.
9. Primeira Vez: Addicted - Simple Plan.
10. Colegial: Com Você - Sandy e Júnior.
11. Faculdade: Novamente - Porão GB.
12. Primeiro Emprego: Someday - The Strokes.
13. Uma Fase Ruim: Display - Novo Dia.
14. Uma Fase Ótima: Move On - Jet.
15. Um Problema de Saúde: Sweart It Again - Westlife.
16. Uma Perda na Família: Só Mais Uma Vez - B5.
17. Casamento: 'Til There Was You - The Beatles.
18. Nascimento dos Filhos: Minha Vida - Vinte!.
19. Velhice: Somos Quem Podemos Ser - Engenheiros do Havaii.
20. Sua Morte: Yesterday - The Beatles.
21. Seu Enterro: La Barca - Luis Miguel.
22. Créditos Finais do Filme: Dear Goodbye - Jc Chasez.

eu sei, é coisa de quem não tem o que fazer, mas eu achei no blog da 98 fm e resolvi fazer. coloquei a playlist no random e respondi com as músicas que tocavam na seqüência das perguntas.




August 11, 2007

- eu achava que você era miserável demais pra amar alguém, mas eu estava errada. você só era incapaz de me amar. tudo bem, eu fico feliz por você mesmo assim.

August 09, 2007

legal. mas dane-se.

se o popular anônimo que disse que 'pessoas normais falam de coisas, pessoas inteligentes falam de idéias e pessoas medíocres falam de outras pessoas' estiver certo, somos todos normais, inteligentes e medíocres. porque quando você fala de um pessoa, você fala de algo relacionado a ela, a partir de um conceito que você criou. legal, mas por que eu estou rebatendo a 'frase febre da semana no orkut'? porque as 'frases febre da semana no orkut', geralmente são idiotas e coisas idiotas me irritam. ah, antes que alguém me pergunte: sim, eu me irrito comigo mesma.

August 08, 2007

onde tudo começou.


vamos saltar,
abrir a porta.
a vida é luta,
é a vida do outro lado.
a vida é um botão,
de menina alegre.
a vida é nascer,
a vida é morrer,
a vida é emoção,
mesmo com todo o mal.
é vida, é vida, é vida,
e eu, não vou mudar.
ah, ah, ah.
eu rio disso.
eu sou uma menina.

16/AGO/92. sim, eu tinha dois anos. (x

you fall in love, ZING BOOOM!


não consigo lembrar de uma época em que eu não estive 'de quatro' por alguém; minha primeira paixão, aos 5 anos, foi por um menino que estudava comigo na alfabetização e, ainda tão pequena, eu já era levada a atos desaconselháveis em nome do amor (como pintar com giz vermelho o nome dele no meu quarto!); depois, eu já me apaixonei tantas vezes que fica difícil de lembrar de todas: de jogadores de futebol das categorias de base de times da terceira divisão até professores, passando por todos os integrantes do nsync (ao mesmo tempo); não importa quem fosse, eu desejava com toda a intensidade!
minhas paixonites foram de apenas um vago interesse à completa insensatez. por causa delas aprendi a falar inglês, comecei a escutar reggae, mudei o jeito de me vestir e assisti a filmes pelos quais eu nunca me interessei de verdade. paixões podem mudar sua vida, são uma espécie de peste emocional: há a fase de contato inicial com o agente infeccioso, um período de incubação, a fase do delírio febril, seguida por um longo período de recuperação. nós, humanos, somos biologicamente estruturados para amar. a paixão não passa de um coquetel de hormônios liberados por algo tão simples quanto um olhar. e isso, simplesmente, não é uma escolha sua. acontece aleatoriamente, sem a sua interferência, opinião ou ajuda.
em perfeita proporção inversa, quanto mais idiota você estiver, mais perfeito o candidato em questão vai parecer. e eis o problema final: quando você pensa que entendeu as forças atuantes, alguma coisa acontece para acabar com todas as suas teorias. a única coisa que eu queria (bem como, creio eu, o resto da humanidade) saber é o que diabos me leva a sentir todo aquele alvoroço de sentimentos por um certo rapaz que, depois de certo tempo, eu vou perceber que nem era tudo aquilo lá que eu sonhava (e aí entra a questão de asteriscos nas pessoas, mas isso é assunto pra outra conversa). o que me faz dar cerca de 440 passos além do meu caminho comum, com o coração batendo forte, a respiração acelerada, as mãos tremendo, só de pensar na possibilidade de ver o pretendente?
ficar boba, louca, fora de si ou levemente afetada, enlouquecer os amigos com as citações: 'eu o amo, dessa vez é sério, sem ele eu morro', 'ele gosta de mim!', 'ele não gosta de mim!', 'será que ele gosta de mim?' você pode até estar pensando em o quão idiota eu sou, mas é essa a função principal de se apaixonar: tornar o indivíduo patético!

August 07, 2007

síndrome de peter pan.


é horrível olhar pra trás e ver que você perdeu a maior parte das coisas que te faziam feliz, que tudo mudou pra pior e que é impossível voltar no tempo. quando você deixa de ser criança, as brincadeiras perdem o sentindo e começam a magoar; um pedido de desculpas não muda o que passou; as tristezas não vão embora com um sorvete de morango e, nem o colo de mãe, nem o cobertor mágico conseguem nos proteger do maior monstro, do pior fantasma: nós mesmos.
a gente começa a entender que a vida de gente grande não é tão divertida quanto a gente imaginava; que casar não é tão fácil quanto brincar de bonecas; que, às vezes, nem namorado a gente consegue arranjar. a gente começa a perceber que nem toda doença passa com uma canja quente na cama; que nem todas as feridas cicatrizam com um beijinho do pai; que nem todas as pessoas são legais e que quase nunca o bem vence no final. não é fácil entender por que nem todo mundo acha você a pessoa mais linda; por que você erra tanto; por que as pessoas que você mais ama acabam tendo que ir embora; por que, de vez em quando, o coração fica tão apertado; por que nenhum cara que você gosta se interessa por você; por que as piores pessoas sempre se dão bem. você percebe que os seus pais não eram super-heróis; que os seus amigos podem ser cruéis, às vezes, e que você também pode não ser tão bom quanto sempre achou que fosse. dói perceber que não é a gente que cresce, e que, ao contrário do que se pensa, o mundo vai ficando enorme, tão grande, que, às vezes, é difícil se encontrar nele. a terra do nunca, nunca existiu.

August 06, 2007

pessoas estúpidas e insegurança.


primeiro, vamos tratar das pessoas estúpidas porque, eu, você, a rainha do baile de primavera da universidade da califórnia e o garoto particularmente perfeito, pelo qual você está apaixonada agora, somos todos uns estúpidos: como você já deve ter percebido ser estúpido não é nenhuma proeza, o ser humano precisa de um teor de estupidez, do mesmo jeito que precisa comer e respirar, mas ser natural não torna o fato agradável, só torna o fato natural (apelando pra filosofia house). se todos são estúpidos o que torna a estupidez irritante? nem todo tipo de estupidez é igual. a falta de coragem pra falar a verdade pode tornar uma pessoa estúpida; querer ser o dono da verdade, também pode. uma pessoa demasiadamente 'burra' pode ser estúpida; uma genial, idem. o que vai fazer com que a estupidez 1 seja mais despresível que a estupidez 2, vai ser o fato de você, que tem um tipo de estupidez, ter que lidar com uma pessoas que possui uma estupidez oposta a sua. não sei se fez sentido, mas no meu cerébro é uma teoria brilhante, que não serve pra nada. então, por que tratar de algo tão estúpido quanto a própria estupidez? sei lá, talvez, eu seja mais estúpida que todas as pessoas da face da terra juntas, até porque a palavra estupidez já está perdendo o sentido e o pior é que eu nem consegui tratar do assunto da maneira que eu deveria.
então, passemos a insegurança. lembra de mim, de você, da tal rainha do baile de primavera e do garoto que você já deve ter esquecido? é, todos esses também são inseguros. impossível de aceitar? eu sei, a humanidade é um tanto quanto patética (pra não dizer estúpida, eu encerrei o assunto, antes mesmo de falar algo importante sobre ele). eu percebi muitas coisas sobre a insegurança observando o meu comportamento e o comparando ao comportamento das demais pessoas. é. muita gente que eu pensava que fosse incapaz de se sentir inseguro (pessoas belas, inteligentes descoladas) sentem um profundo desconforto ao serem encaradas, pois não conseguem entender que um olhar fixo pode ser algo além do deboxe. pessoas deslumbrantes que se acham incapazes de deeslumbrar alguém, não é irônico? pois é, a vida é uma tremenda ironia. mas existe uma ironia ainda maior: escrever sobre tudo isso e nada disso não serviu para coisa alguma. as pessoas vão continuar sendo estúpidas e inseguras, bem como eu vou continuar sendo estpúpida e insegura. só queria me certificar de que eu consegui passar por cima da minha insegurança e da minha estupidez, pelo menos, uma vez, pra poder encarar todas essas palavras que eu deixei escapar, mesmo sabendo que isso me torna mais estúpida e insegura ainda, já que eu só escrevi isso tudo porque eu tenho a mais absoluta certeza de que ninguém vai ler. (x

( y )


você não acha que todo mundo está ficando meio doente mental? você não quer algo mais? algo novo? algo além do que você já tem? você não se sente mal por ver que é tudo igual, apenas mais um jogo detestável e eu falo tudo isso sinceramente! eu queria poder mudar o mundo, torná-lo um lugar melhor, mas até esse dia chegar acho que a gente vai ter ficar do jeito está, fazendo o que a gente faz, dando pra quem a gente dá. por que eu não consigo dormir quando a noite chega? não venha me dizer que tudo vai ficar bem. eu quero poder comer espaguete à bolonhesa sem me sentir mal por causa disso durante todos os dias da minha vida. nas revistas só têm matérias sobre perda de peso que dizem que se eu comprar aqueles jeans eu vou parecer a kate moss. não essa não é a vida que eu escolhi, mas acho que tem que ser assim mesmo.



colors bleeding into one.


eu não me sinto à vontade com a maior parte das minhas lembranças. e todos esses sentimentos continuam crescendo enquanto eu espero por aquele convite que nunca chega. a cada vez que eu olho pra trás, percebo que não existe mais nada. então, me diz por que eu sinto como se estivesse contra a parede. talvez seja tudo um alarme falso, talvez cada resposta tenha o mesmo som. apenas cores sangrando até se tornarem uma só, não tem nem um nome. talvez eu não consiga enxegar, talvez eu seja o problema. e a distância, essa já não tem mais importância!

August 05, 2007

findo milênio.


e o mundo caminha para mais mil anos; com suas seitas suicidas e governos desumanos. ninguém sabe quem vai ser o próximo inimigo; mas os mísseis já vêm vindo, e eles são americanos. satélites transmitem tudo por TV a cabo; pra quem veio do macaco, já é bem mais que o esperado. qualquer um é cidadão na proporção do que consome; será que estamos indo para o lado errado?

August 04, 2007

post(umo) de aniversário.


depois de todos esses anos, tudo continua quase do mesmo jeito, né? tantos momentos, tantos, tantos, seria difícil escolher alguns só pra mostrar o quanto você é especial, windmill. eu lembro de você pequenininha, pulando no meu braço e me fazendo andar com você no colo pra cima e pra baixo (é a gente tava num elevador); eu lembro de você um pouquinho mais velha me dando dinheiro pra sair com a heloísa (tão otária, meu deus. x:), me lembro de você já uma pré-adolescente irritante que só fazia encher o saco e implicar com a pobre da tua irmã e mais que tudo eu lembro de você como amiga, como confidente, como cúmplice (sioehioasheioasheiohasioehisaoehisaheosaheoahseiohsaeoihe), como uma das pessoas que melhor me conhece, que pensa quase do mesmo jeito que eu, que briga comigo, que me mostra o quanto eu sou relapsa, que me enche a paciência, que confia em mim, que bate em mim, que ri comigo, que me entende e que me ama apesar de eu quase sempre ser uma pessoa totalmente insuportável. aqui não existe chumbetagem incondicional e sim uma amizade incondicional que eu espero que dure bem mais do que já durou, que suporte mais fases, que resista a porra do tempo que destrói quase tudo. e se tiver que acabar, que seja da melhor forma possível; que, ao olhar pra trás, fiquem só os bons momentos, as boas lembranças. se tudo tiver que mudar que entre nós, pelo menos, continue igual. que você sempre seja uma das coisas mais importantes na minha vida. eu te amo, terezinha – a empregada quase anã. obrigada por existir, ‘minha doce marília’. eu te amo. :* e como não existe uma data oficial de início de amizade; vai ser, a partir, de agora o dia do aniversário da lays de 1999. agora, saber o dia, já é exigir demais da minha memória. (mas que a priscila tava a coisa mais tosca da face da terra naquele dia, tava).

August 01, 2007

'web'

July 31, 2007

'Escrever é procurar entender,
é procurar reproduzir o irreproduzível,
é sentir até o último fim o sentimento
que permaneceria apenas vago e sufocador.

Escrever é também abençoar
uma vida que não foi abençoada.'

July 23, 2007

hoje eu acordei decidida a arrumar a minha nova 'memory box', celebrar o adorável ano que eu estou vivendo, cuidar de pequenas coisas com significados imensuráveis, que estavam tão esquecidas no fundo de uma caixa de cds empoeirada. serviço terminado, decidi dar uma olhadinha, de leve, na caixinha antiga, aquela mais esquecida ainda, - talvez, por isso mesmo, mais especial - mesmo que ana maria braga estivesse advertindo que o passado deveria ficar pra trás, lugar ao qual ele pertence. talvez, um dia, eu chegue a me horrorizar ao ler o que eu vou escrever agora, mas eu deveria ter dado ouvidos a ana maria braga, ah, deveria mesmo! sabe como é, né? uma espiadinha aqui, uma lidinha ali, de repente, se está absorta em pensamentos inúteis com interrogações mais inúteis ainda. e em, como em todo ser (i)rracional, a vontade de se torturar é bem mais forte que o bom-senso. é nessas horas que a gente corre pro computador e lê todos os históricos emeessênicos (eu me pergunto como a minha avó se torturava, devia ser bem mais fácil de viver nos tempos dela!) e todos os comentários antigos no fotolog. pra história não ficar grande e chata, vou advertindo, ela não tem final; assim como toda a história não tem final; talvez, seja esse todo o meu problema, a falta de um final concreto.

June 22, 2007


encontraram-se, depois de tantos anos, naquela sala de espera. tudo ali era gélido: as cores com que as paredes eram pintadas, a palidez estampada nos rostos das pessoas que esperavam o atendimento, a música de elevador que irritava ao invés de acalmar.
que bom que tinha encontrado alguém; ela queria conversar porque, que todos concordem, ler revistas velhas em salas de espera é a pior coisa que um ser humano precisa fazer na vida.
já o que causou um estranho contentamento nele, não foi o fato de ter encontrado alguém que pudesse ajuda-lo a matar o tempo; mas sim ter encontrado a pessoa que mais amou na vida, embora soubesse que, na época, não tinha demonstrado tão claramente o que sentia. ele começou a pensar que esse encontro talvez fosse uma chance divina de fazer as coisas darem certo dessa vez. depois de tanto tempo, ele conseguiria consertar as burradas do passado. daria o seu telefone a ela, faria ela ligar, casariam, teriam filhos, envelheceriam numa casa em alguma praia distante. talvez, naquela praia do interior, onde eles haviam passado a noite, uma vez. como ele estava paralisado, quase que em transe, com seus pensamentos, ela deu o primeiro passo. caminhou em direção a cadeira onde ele estava sentado e com um leve sorriso disse um ‘oi’ um tanto afetado, parecia um 'oi' daqueles que vêm das moças que ficam oferecendo produtos no supermercado. um 'oi' ensaiado, forçado, irritantemente falso.

- nossa, como você está diferente. está mais bonita, está mais...
- ah, eu precisava mudar, precisava muito mudar e mudei, meu bem.
agora eu sou vegetariana, e uso maquiagem até pra ir à padaria. meu senso de humor mudou também, não faço mais piadinhas sobre tudo, acho que as pessoas não gostavam muito, sabe? era por isso que eu não era popular. agora eu faço dança... lembra como eu era desastrada? quando você me tirava pra dançar, eu até ficava meio sem jeito... ah, meu bem, agora não, agora eu danço muito bem, vou até me apresentar no teatro municipal, se quiser ver, eu vou ficar bem contente. meu psicólogo disse que o que me atrapalhava era timidez, mas não era não. é que eu me importava tanto com ler, com escrever, compor músicas, com deixar minha marca no mundo que eu não arrumava tempo pra me preocupar com o corpo, sabe? mas agora eu mudei, meu bem, ah, como eu mudei. eu vi que era uma grande estupidez minha; quem se importa com as coisas que você pensa? os homens se preocupam com as suas pernas.
ah, lembra que você brigava comigo porque eu tinha preguiça de ir ao cabeleireiro? quem me conheceu há pouco tempo, nem me imagina daquele jeito. ah, como eu era diferente, era ingênua, né, meu bem? era uma pessoa bem pior. exceto pelo cigarro, agora eu fumo excessivamente. logo eu, a única pessoa da turma que não fumava, né? que morria de alergia a cigarros. mas acho que eu comecei a fumar por sua causa, sabe? é, o cheiro me lembrava tanto você, que quando eu vi, já tava lá, dando os primeiros tragos. falando em primeiros, você soube que eu me separei do meu primeiro marido, né? ah, ele era tão sem graça. ele disse que eu tava muito diferente da mulher com a qual ele tinha se casado; na certa ficou com ciúmes. viu que eu tinha melhorado muito e começou a ter medo de ser traído, sabe como são os homens, não sabe, meu bem? claro, você é um deles!
melhor assim, eu já não gostava mais dele...

e ela desatou a falar sobre quem ela havia se tornado, falou que tinha trancado a faculdade de cinema e se formado em direito porque dava muito mais dinheiro, disse que nem falava mais com as melhores amigas que ela tinha prometido amar pra sempre, contou que não era mais católica, que agora só dormia do lado esquerdo da cama, que não tinha mais mania de organização, que não queria mais ter filhos e que nem acreditava mais em amor eterno. sempre dava um jeito de se referir ao passado com um ar (muito, muito falso) de saudosismo. sempre colocando um 'meu bem' e um 'né?' ou um 'sabe?' no final das frases, como
quem precisa forçar um vínculo com o interlocutor (que, por sinal, olhava para ela incrédulo, quase que com medo, com aquela cara que as pessoas fazem quando são surpreendidas
por alguém distraído que não percebe que está conversando com a pessoa errada).
ah, mas agora fale de você, meu anjo. como você está?
tá com uma barriguinha, mas até que tá charmoso...

- desculpa, moça, MAIS, eu não conheço você.

mais uma pessoa singular...



era uma pessoa singular, uma pessoa singular que estava se sentindo sozinha, aqueles dias.
chegava, se trancava no quarto e escutava músicas que lhe lembravam os bons tempos.
sentia que, a cada dia, perdia os vínculos com as grandes amigas...
um amor? há muito já não tinha um. correspondido, então, acho que nunca teve.
tentava se distrair e, até, conseguia, mas, vez por outra, era invadida pela certeza de estar a caminho de viver,
pra sempre, o que quase toda a humanidade considerava o maior dos males: a solidão.
já não achava graça nas coisas; quando saia com as poucas pessoas que ainda pareciam se importar, via que
quase não falavam mais a mesma língua. elas irritavam-na, faziam com que ela se sentisse mal, cada vez mais abandonada.
não entendia por que as pessoas haviam se afastado tanto dela. não era boa o bastante?
era insuportável quando a frieza do mundo invadia o seu ser.
então, escrevia para tentar exteriorizar isso; não que não conseguisse, mas era inútil
já que não havia uma alma viva que se importasse tanto a ponto de ler.
era uma pessoa singular que, a cada segundo, tinha mais certeza de que nunca iria experimentar a indescritível sensação de ser uma pessoa plural.

June 19, 2007

purgatório.

por que eu não desenvolvo logo a porra da síndrome de pantagruel pra morrer de uma vez (de uma vez não, mas de 1,63m pra 2m nem ia demorar muito, ia?)? asoiehiasheoiasheiohasioeaso.

mário prata. ♥

now is too late to remind you how we were...


'tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! são as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. são como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas tanto menos unidas. por isso os antigos, sabiamente, pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. de todos os intrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. afrouxa-lhe o arco com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer asas, com que voa e foge. a razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que não sejam usadas para não serem mais as mesmas. gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor?! o mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito de amar menos.'

é, eu sei, parece ser muito sem graça aquele que fala mal sobre o amor só porque ainda não achou uma tampa velha pra cobrir a própria panela de feijão; mas vocês têm que entender os que o fazem. a falta desperta a vontade e a vontade não correspondida gera a antipatia. não que não se queira amar, só que não se tem a oportunidade. enquanto isso 'eu não preciso do que eu não tenho'. e tenho dito.


June 17, 2007

às vezes, dói. às vezes, dói mesmo. e ninguém pode fazer nada para ajudar. nenhuma palavra, nenhum silêncio, nenhum amigo e nenhum amor.

acaso?


you could be happy and I won't know;
but you weren't happy the day I watched you go.
and all the things that I wished I had not to said; are played in loops til it's madness in my head.
is it too late to remind you how we were?
but not our last days of silent screaming blur.
most of what I remember makes me sure that I should've stopped you from walking out the door!
you could be happy, I hope you are;
you made me happier than I'd been by far.
somehow, everything I own, smells of you;
and for the tiniest moment it's all not true.
do the things that you always wanted to;
without me there to hold you back, don't think just do!
more than anything I want to see you take a glorious bite out of the whole world. ♪

'por exemplo, uma música com uma letra bem singular tocando num lugar bem simbólico; como se fosse um sinal ou uma cruel piada divina?! pois é...'
mensgaem oculta.

June 16, 2007

numa praça, na beira do mar, num pedaço de qualquer lugar...


tinha saído de casa sem esperar nada demais daquele dia. seria só mais um divertido com as amigas... mal sabia que o aconteceria ali iria mudar a historinha patética de sua vida.
ele também saiu de casa como quem não queria nada além de beber com os amigos, só queria um pouco de diversão em meio a toda aquela confusão. nada mais justo.
com pensamentos tão parecidos, sairam, os dois, e se encontraram, os dois, naquele lugar de sempre, como em tantas outras vezes... rodeados por todos aqueles amigos em comum.
ela sempre sentiu um carinho especial por ele, aquele cara com quem se identificava, com quem gostava de conversar. ela admirava cada palavra que ele falava, via naquele garoto algo que jamais tinha visto em qualquer outro, mas jurava pra si mesma que era só amizade. tá, ela não entendia por que se sentia tão completa quando dava aqueles abraços demorados nele... talvez porque ele fosse o único que prestava atenção, que sabia do que ela gostava, o perfume que ela usava, o que ela estava sentindo... mas era só amizade, pelo menos, até aquele dia. ah, aquele dia, foi nele que ela começou a se perguntar por que estar ao lado dele deixava tudo tão colorido, só descobriu a resposta quando percebeu que o beijo dele era o melhor do mundo.
é, eu sei, isso pegou vocês, leitores, de surpresa, mas não achem que ela não se surpreendeu, ela também ficou espantada quando começou a assimilar o que estava acontecendo, mas antes que pudesse compreender qualquer coisa que fosse, sua mente já estava petrificada, inundada de pensamentos de amor.
é, ela estava apaixonada, não podia, mas estava. tudo que é proibido é melhor, não é o que dizem? pois estavam certos. o melhor era estar apaixonada, pelo menos, naquele instante em que eles se beijavam, porque ele era dela, só dela, de mais ninguém.
tudo que ela queria, a partir dali, era ficar nos braços dele para sempre. nunca havia beijado alguém tão intensamente, com o coração e não com os lábios; nunca havia escutado os tais sininhos, nem acreditado que o mundo podia parar só pra ela. sabia que o que estava sentindo era algo que não iria se repetir, talvez por isso estivesse tão extasiada e assustada.
tentou viver aquilo da maneira mais intensa que pôde, mas não conseguiu. só teria alcançado o feito se tivesse parado o tempo naquele momento, se até hoje eles ainda estivessem ali, juntos, tão juntos, quase sendo só um. mas as coisas não aconteceram como ela queria (e quando é que acontecem?), ela viu aquele amor chegar e ir embora tal como as ondas que testemunharam o nascimento do que ela sentia.
ah, até hoje, ela olha pra trás com saudades, lembra com detalhes daquele dia, que tinha começado tão normal; ainda pode ouvir o que ele disse e sentir o cheiro dele na pele. meu deus, como ela pôde perder aquilo tudo e guardar, somente, as lembranças, a única coisa que ela queria deixar partir?
mas acho que ela ainda tem esperança de que aquele amor, assim como todos os outros que já teve, fosse substituido por algo mais excitante, algo que mudasse a historinha patética de sua vida...


o vento


uma coisa leva a outra,
que leva a outra,
que leva a outra...
uma coisa leva outra,
leva outra,
leva outra...
e, de repente, nada mais é como era.
e, de repente, nada mais é como deveria ser.

June 15, 2007

pensando num bom título...


faltavam poucos dias e ela sabia disso... em poucos dias, descobriria o quanto se importava com aquela situação e isso a deixava aflita, como nunca havia estado. pensava no que poderia acontecer de novo na vida dela. uma grande novidade, tão grande que pudesse esmaecer a novidade dele; mas quanto mais procurava algo grandioso, mais percebia que o que a esperava, agora e sempre, era o nada. tinha medo de acabar do mesmo jeito que havia começado, sem ninguém ao seu lado para fazer dedicatórias bonitas. no fundo, ela não passava de uma vilã de novela mexicana de orçamento baixo e sabia disso, mas poderia jurar (e talvez fosse verdade!) que era sem querer. tudo que ela queria era poder provar, somente uma vez, dessa felicidade que todo mundo sentia por ter alguém pra comprar uma maçã do amor no parque ao lado da igrejinha. talvez tivesse culpa, já que havia deixado passar tantas oportunidades, mas não conseguia fingir um amor absurdo por alguém que não lhe despertava interesse. a cada segundo, o momento se aproximava... ela teria que, finalmente, esquecer, pra sempre, as coisas das quais ela nunca deveria ter lembrado.

snail love song. ♪


today on the bus, guess what, what I saw; crawling on the wall, there was a 'caracol'; and it made me think about the good times we spent together (we spent together). and as it went slow, my thoughts started to flow; I said: 'what a hell, I can still feel your smell'; and the lession in the end is that I can't understand why I love you so! our fucking movie will never have a happy ending; and everyday I'll have to keep on pretending; that I don't care if you're dating a drag queen now, yeah, yeah, yeah! I miss your hug, I miss your kiss and I wrote a song to tell you this; and never let you know, sing it to you at a show and see you give your love to him, her, I don't know...

você pode ter sido feliz.


você pode ter sido feliz sem que eu soubesse;
mas você não parecia feliz quando eu te vi partir.
tem tantas coisas que eu não queria ter dito;
elas ficam rodando na minha cabeça e se tornam a minha loucura.
será que é tarde demais pra eu te lembrar como a gente costumava ser? dos bons momentos;
não dos últimos que foram cheios de gritos em silêncio e tristezas.
a maioria das coisas das quais eu lembro
me fazem pensar que eu não deveria ter te deixado partir.
você pode ter sido feliz, eu espero que, agora, você consiga ser. já que você me fez ser a pessoa mais feliz do mundo, de um jeito que eu nunca tinha conseguido ser. e de algum modo, que eu não sei explicar,
todas as coisas que eu tenho ainda têm seu cheiro.
agora vá fazer todas as coisas que você sempre quis;
sem mim para ficar te prendendo, não pense, aja.
mais do que qualquer coisa eu quero ver você pegando a fatia de mundo que pertence a você.
você pode ter sido feliz, eu nunca vou saber...