March 06, 2008

sim, bixiguento da boba da peste, eu gostaria muito que você cuidasse do meu lindo pezinho. saisse procurando, de reino em reino, o meu pobre pé machucado pra colocar um sapatinho de cristal (ou de couro de jacaré africano, que fica mais personalizado). aliás, por mim, você cuidava era de mim toda, a partir de agora mesmo. mas, se eu bem [não] lhe conheço (já que já ficou mais que claro que a gente nunca vai se conhecer de fato), é tudo faro. amanhã, um vai olhar pra cara do outro e no máximo rir e você não vai nem me ajudar a me levantar, caso eu caia no meio da pista. então, eu sugiro que você vá cuidar do pé de outra. ora merda também. por que tu é assim, hein?
p.s.: eu te pegava facinho, facinho, amanhã mesmo, se você quisesse. :x

(eu precisava escrever isso em algum lugar pra não deixar por scrap, sabe?).
saueiosueouoeuoasueosueoausoeuaoseuoase.

March 04, 2008


pensava que, se escrevesse, conseguiria esvaziar a cabeça, conseguiria levantar-se sem que o peso das idéias fizessem com que ela afundasse mais uma vez, mas nem a carruagem que sempre possibilitou a fuga era capaz de ajudá-la nesse momento. as palavras eram demasiadamente densas e colocá-las para fora era tão difícil quanto carregá-las em si. a única saída era permanecer estática até que alguma força maior pudesse fazer com que tudo mudasse, mexesse, acabasse.

só precisava acordar em paz, sem que um milhão de pensamentos inundassem sua mente em uma fração de segundos. queria que a ansiedade fosse como uma garrafa que se joga no mar e vai indo embora até chegar em outro continente, em outro mundo. aliás, queria, ela mesma, ser a própria garrafa. então, poderia se atirar pra longe, sem a menor pretensão de voltar.