August 01, 2009

ao vê-lo na entrada do bar pôde sentir verdadeiras descargas elétricas através de cada milimetro do corpo. era como se estivesse sambando descalça numa poça d'água agarrada a um fio de alta tensão. sentia ondas de frio e de calor, tremia, e não conseguia tirar aquele sorriso - embora a descrição mais justa fosse 'espasmo bucal' - do rosto. toda mulher teria a mesma reação frente a ele.
era uma combinação da maldita inocência que as sardas proporcionam com um sorriso de cafajeste. ah, homens com cara de cafajeste... desde criança sempre apreciara um bom cafajestezinho. daqueles que roubavam as bonecas, que batiam, que colocavam apelidos constrangedores. não conseguia se lembrar de ter se apaixonado por algum tipinho com cara de boboca. sempre cafajestes! tão deliciosos... como as comidas mais gostosas, sempre faziam mal no fim das contas, mas nada era mais satisfatório que lidar com um. agora entendia porque simplesmente o número de gays havia triplicado nas últimas duas décadas: tinha a certeza de que estava concentrada ali toda a testosterona do mundo. e isso a fazia cravar as unhas nas pernas e sentir cada pelinho que lhe cobria se eriçar. na hora de se despedir, teve que controlar todos os malditos impulsos, embora pudesse jurar que mais malditos que os impulsos só o senso de comportamento que lhe impedia de agarrá-lo. e quem disse que um beijinho na testa valia menos que uma noite com um homem? respirou fundo e viu aquela figura diabolicamente divina dando meia volta e indo embora.

1 comment:

Willian Melo said...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
menina, não sabia que você escrevia assim....
Caralho, se um dia tiver dinheiro te lançarei no mercado. E esse ruivo, seria, esses espasmos, esse número de gays que se triplicavam? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Iza, me orgulho de ser teu amigo, é raro pessoas assim darem valor a pessoas como eu!
bjs