August 01, 2009

sobre o fim ou mas também não é pra tanto...

eu não me lembro perfeitamente do fim de cada relacionamento, paixonite ou situação-indefinida que eu tive. até porque - darwin que me perdoe se eu estiver falando besteira - deve ser necessário, pra evoluir, esquecer tudo aquilo que machucou na hora, mas não serviu pra muita coisa. mas existem 'fins' que eu sei, eu sei bem, que mesmo que eu reencarne numa tartaruga gigante daquelas que vivem bem pra lá dos 100 anos, eu nunca vou esquecer. (...) há fims que ainda machucam e precisam ficar enterrados, até apodrecer, pra só depois a gente cavar fundo e brincar com as ossadas. o fato é que é mais ou menos isso. você vai até o fim do poço e da picada. num estado de delírio emocional profundo, começa a concordar com alexandre pires quando ele canta 'é a dor mais funda que a pessoa pode ter'. chora. não come ou come demais. não dorme ou dorme demais. quer beber, quer se jogar do brêda ou da ponte do reginaldo, quer sumir do mundo. quer ligar e dizer que foi um erro. e não quer falar com ninguém. tudo isso ao mesmo tempo. e tudo isso é muito pra um coração partido em 719,2 pedaços (sim, eu contei!) processar. mas o fato é que ele vai se reunindo. às vezes, aos poucos. às vezes, mais rápido do que você poderia imaginar. o coração é que nem um vampiro morto a dentadas (antes de pegar fogo!). não consegui pensar em outra metáfora. o que eu quero dizer é que o coração é forte e capaz de se ajeitar sozinho, é só uma questão de você dar chances pra que ele faça isso. quando ele estiver reabilitado e só sobrarem cicatrizes e uma ou duas rachaduras, você vai ver que agiu feito thalia quando perdeu seu filho e a memória. lágrimas demais por uma novela de baixo-orçamento! erga a cabeça, reconstrua a choupana e passe pra outra. você vai sofrer tudo de novo, mas agora, pelo menos, você já sabe que é capaz de sobreviver!

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